Porto Novo, 04 Nov (Inforpress) – A problemática dos mil pés está a obrigar os agricultores no Porto Novo a optarem pela transformação dos produtos para contornar o problema do mercado, estando em perspectiva a construção de, pelo menos, três unidades, neste concelho.
Aliás, um dos centros, situado em Casa de Meio, co-financiado pela cooperação portuguesa, através da Associação para a Defesa do Património de Mértola, no quadro do projecto “Jovens agricultores” dessa zona, já está em fase adiantada de construção, devendo começar a operar “dentro de pouco tempo”.
O segundo centro vai se situar no Tarrafal de Monte Trigo e tem já financiamento assegurado pelo Ministério da Agricultura e Ambiente (MAA), devendo as obras arrancar ainda este ano no âmbito do projecto de reforço da cultura do inhame nessa localidade.
O delegado do MAA, Joel Barros, disse à Inforpress que a unidade de transformação vai permitir aos produtores agrícolas no Tarrafal de Monte Trigo transformar os seus produtos, designadamente o inhame, para o mercado nacional.
O outro centro vai ser instalado “brevemente” em Alto Mira, um dos principais vales agrícolas do Porto Novo, uma “boa nova” anunciada pelo o edil porto-novense, Aníbal Fonseca, que explicou que a ideia é aproveitar as instalações do centro de extensão rural dessa localidade para a instalação do espaço de transformação dos produtos agrícolas.
Trata-se de um projecto que vai permitir “trabalhar melhor” a produção agrícola em Alto Mira, apostando na transformação e agregando valores aos produtos, com vista à conquista do mercado turístico nacional, avançou.
Este projecto responde ainda a um desejo da Associação dos Agricultores de Alto Mira, que tem estado a pedir a instalação de um centro de tratamento e de transformação agro-alimentar nesse vale, para “driblar” o problema de mercado para produtos frescos, criado pelo embargo imposto aos excedentes agrícolas de Santo Antão, por causa da praga dos mil pés (illacme plenipes).