A vigorar desde o mês de abril, o Governo estabeleceu uma parceria com todos os bancos comerciais para operacionalizar as linhas de apoio ao crédito aprovadas no âmbito do Plano da Retoma Económica do país.
O Plano de Retoma contempla um pacote de apoio financeiro às empresas no valor total de 9 milhões de contos, que irão abranger as micro, pequenas, médias e grandes empresas para fazerem face aos problemas de tesouraria, mas também para realizarem investimentos que se justificarem.
Importa frisar que essas linhas de apoio ao crédito que serão concedidas em condições excecionais em face do contexto de crise que o país atravessa, abarcam todos os sectores de atividades. Deste modo, de entre as sobreditas condições, destacam-se: taxas de juros não superiores a 3,5%; período de carência de capital e de juros até 6 meses; prazo máximo, até 5 anos, para apoio à tesouraria e, até 10 anos, para investimentos.
Todos os sectores terão garantias do crédito até 50%, com exceção dos projetos no âmbito do Programa Start Up Jovem, gerido pela Pro Empresa, garantidos em 80%, bem como os pedidos de créditos nas áreas da economia agrária e da pesca semi-industrial, que serão sujeitos, não só a pareceres favoráveis dos respetivos ministérios da tutela, também contemplados com garantias de 80%.
Vale ressaltar que as garantias destas linhas de apoio ao crédito serão repartidas em 5 milhões de contos, através da Pró Garante, quer na modalidade de garantia de carteira, quer na modalidade de garantia individual. Os restantes 4 milhões de contos estarão suportadas com o aval do Estado, perfazendo o “montante substancial e relevante” de 9 milhões de contos, que, em parceria com os bancos comerciais, vão ser injetados na economia cabo-verdiana.