O ministro de Estado assegurou hoje (14/04) que os efeitos da pandemia da covid-19 “são visíveis” e serão muito fortes na economia cabo-verdiana sendo que as previsões apontam para um crescimento negativo de 4%.
A constatação foi feita por Fernando Elísio Freire, esta manhã na Praia, depois da reunião entre o Governo e as instituições sociais visando a avaliação da aplicação das medidas de protecção social, sobretudo no sector informal, implementadas pelo Governo no âmbito da luta contra o novo coronavírus.
“Os efeitos desta pandemia sobre a nossa economia do são visíveis e serão muito fortes. Cabo Verde irá ter, nossos próximos, tempos um crescimento muito abaixo daquilo que estamos habituados, as previsões apontam para um crescimento de negativo de 4%, haverá, seguramente, menos produção e o país terá consequência dessa pandemia”, referiu.
Entretanto, o ministro de Estado, dos Assuntos Parlamentares e da Presidência do Conselho de Ministros e ministro do Desporto, assegurou que é nesse quadro que o executivo está a agir tanto no sector formal como no informal.
Por outro lado, disse que o Governo é a favor da prorrogação do estado de emergência para consolidar os ganhos, mas também cumprir rigorosamente com as medidas das autoridades sanitárias, Protecção Civil e Polícia Nacional para que o país possa ganhar essa guerra contra o vírus.
Questionado sobre os 25 estados mais pobres, que viram as suas dívidas perdoadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para facilitar a resposta ao impacto da pandemia, e na qual Cabo Verde não faz parte, Fernando Elísio Freire lembrou que o nível de crescimento económico, do PIB ‘per capita’ e de acesso a bens básicos do arquipélago é muito melhor do dos países contemplados.
“Neste momento, com esta pandemia o choque sobre as economias é tão grande e a solução terá de ser global com o envolvimento de todos os países e Cabo Verde quer estar numa situação em que pela sua acção a nível sanitário, pela confiança transmitida, que somos capazes de fazer bem e queremos estar numa posição pós-pandemia que nos permita voltar de modo a crescer reerguer e dar esperança a todos os cabo-verdianos”, referiu.
O FMI anunciou na segunda-feira o perdão do serviço da dívida a 25 dos estados mais pobres, incluindo Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe, para lhes aliviar a dívida e facilitar a resposta ao impacto da pandemia. Cabo Verde não está incluído, uma vez que o país não tem dívidas para com o Fundo nem se enquadra nos Estados considerados “mais pobres”.
Fonte: TCV - http://www.tcv.cv/index.php?paginas=47&id_cod=90089